quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Pedalada de MTB em Chapecó - SC

Nesta última semana fui visitar meu pai em Chapecó, oeste de Santa Catarina. Cidade onde morei ates os 21 anos, que também foi palco de algumas conquistas como os Jogos Abertos de SC em 1991.
Na época, minha especialidade era subir as longas serras com minha bike de ciclismo. Só que nesta semana aproveitei o passeio na terra natal para conhecer alguns lugares novos com minha Mountain Bike.
No primeiro dia, saí em direção ao vale do rio Rodeio Bonito, região conhecida como Linha Tafona. Pedalei só três quilômetros, subi uns morrinhos e já estava na área rural da cidade, onde foi possível avistar no vale profundo a mata densa que margeia os rios.
Mas no horizonte, lá bem longe, também é possível ver a cidade de Xaxim. Um visual totalmente diferente do que estava acostumado a ver no litoral. A cor do terreno também muda para uma terra escura quase vermelha. As estradas de chão que ligam as pequenas comunidades e aviários, onde tem muito cascalho para facilitar o acesso dos caminhões que fazem o transportes dos frangos e ração.
Trechos planos? Nem pensar! A região é cheia de serras então, quando não se esta subindo, se esta descendo. Com subidas de todos os tipos: longas, curtas, muita inclinação e pouca inclinação. E na beira da estrada é possível encontrar plantações de soja, milho, reflorestamento de eucalipto e ainda muita mata nativa.
Neste primeiro dia, voltei para casa muito cansado devido à variação do terreno, altitude, e também, pelo forte calor e clima abafado e úmido.
No segundo dia, passei novamente por alguns caminhos do primeiro dia, quando encontrei antigos amigos pelo caminho que voltavam do treino. Conversamos um pouco e toquei adiante. Logo veio a grande descida em direção ao fundo do vale, mas eu já estava também consciente da forte subida que me aguardava do outro lado.
Meu objetivo era a região de Sede Trentim conhecida por também abrigar uma das principais aldeias indígenas da região da Tripo Chinbangue.
Foi uma escalada dura até chegar do outro lado do vale, com curvas íngremes, pedras soltas e clima abafado. Mais 2 km de asfalto, entrei à direita e segui em direção ao Vale do Rio Irani. Foi uma longa descida de chão batido com muitas pedras e uma vista ao fundo da neblina que já se dissipava sobre a parte mais baixa do vale.
Parei em uma casa da aldeia da tribo para pedir informações, pois queria voltar para cidade sem pegar a estrada de asfalto. O menino da aldeia que parecia estar arrumando o portão da casa me indicou o caminho dizendo que eu teria que seguir até o rio e depois subir a serrinha que sairia próximo a antena da RBS.
Depois da aldeia, segui descendo pela estrada estreita, úmida e longa até o rio. No fundo, olhei para cima e vi que a volta ia ser desafiadora até a estrada lá no alto. Segui adiante, sempre cercado de muito verde e com um pouco de dúvida sobre o caminho que seguia. Logo o problema foi resolvido quando passei em frente a uma propriedade onde vi algumas pessoas próximas a um trator. O caminho estava certo e depois de uma longa escalada cheia de curvas, cascalho e, passando por três aviários, finalmente cheguei ao asfalto voltar para casa.
Finalizando este relato, quero dizer que a reigião oeste de Santa Catarina possui excelentes lugares para se praticar o mountain bike, e, entre eles, também vale a pena conhecer a trilha do Pitoco no Vale do Rio Uruguai, com uma vista maravilhosa deste importante rio e com um pouco de infra-estrutura para a pratica do turismo rural. Em outra oportunidade quero falar mais sobre esta região.

Imagens

Mapa (passe o mouse sobre o gráfico para se localizar)